quarta-feira, 23 de julho de 2014

Boca depois dos 50 anos

A língua queima, um gosto amargo vem à boca e é difícil engolir. Esses são os sintomas da Síndrome da Ardência Bucal, doença com maior incidência em mulheres com idade entre 50 a 70 anos.

Essa ardência ou queimação costuma ocorrer em mais de uma área, porém a língua é a mais atingida. “Lábios, palato, gengiva e mucosa jugal (área entre a bochecha e a gengiva), assoalho da boca e orofaringe também podem ser abrangidos”, diz Willian Frossard, professor e coordenador de Prótese Dentária Clínica da UERJ – Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

A SAB é classificada em três tipos que diferem pelos momentos do dia em que os sintomas aparecem. Algumas pessoas acordam bem e pioram ao longo do dia, enquanto outras já despertam se sentindo mal. O terceiro grupo relata que não há um padrão, os sintomas aparecem em dias aleatórios. 

Segundo o especialista, a causa da síndrome está associada a vários sinais clínicos. “Estudos incluem como causas fatores locais, neuropáticos, psicológicos e sistêmicos”, afirma Frossard. Por conta disso, não há tratamento estabelecido e padronizado para esse mal, sendo necessária uma abordagem multidisciplinar para lidar com o assunto. 

A terapêutica depende de um bom exame clínico, baseado nas causas relatadas e focado na melhora dos sintomas da queixa do paciente. Segundo o especialista, também é essencial incentivá-lo e apoiá-lo fazendo com que entenda a complexidade da síndrome. 

“Condutas como hidratação constante da boca, controle do consumo de bebidas alcoólicas, fumo, balanceamento da dieta alimentar e prescrição de vitamina B podem ajudar a aliviar os sintomas. Em algumas situações também é necessário trocar a prótese dentária (que podem acumular fungos e bactérias que agravem os sintomas)”, diz Frossard.



quinta-feira, 17 de julho de 2014

Tomate e o câncer...

Velho conhecido da ala masculina, que tem nele um aliado contra o câncer de próstata, o tomate agora mostra uma nova vocação: aplacar a probabilidade de mulheres na pós-menopausa desenvolverem tumores mamários. O achado vem do Ohio State University Comprehensive Cancer Center, nos Estados Unidos.
 
Na investigação, 70 voluntárias seguiram uma dieta enriquecida com o fruto do tomateiro por dez semanas. Depois desse período, ficaram 14 dias sem passar perto do alimento. Daí, por outras dez semanas, investiram na soja. "Percebemos que o consumo do tomate fez os níveis de adiponectina subirem 9%. Nas mulheres que não eram obesas, essa taxa elevou 13%", revela Adana Llanos, professora-assistente de epidemiologia na Escola de Saúde Pública Rutgers. "Quantidades altas desse hormônio estão associadas a uma redução no risco de ter câncer de mama", explica.

O que permanece um mistério é de que forma o tomate ajudaria na empreitada. Por enquanto, vale saber que as integrantes da pesquisa consumiram o correspondente a 25 miligramas de licopeno - antioxidante poderoso encontrado no alimento. Ou seja, um copo de suco de tomate ou uma combinação de sua sopa com meio copo do famoso molho vermelho que recobre as massas.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Jovens mais conscientes

Uma nova geração de jovens tem virado as costas para a bebida, as drogas e o cigarro, aponta um novo estudo divulgado nesta sexta-feira (25) pelo site do jornal britânico Daily Mail.

A pesquisa apoiada pelo governo britânico mostra que a proporção de estudantes que experimentaram maconha ou outras drogas ilegais caiu quase que pela metade na última década, e continua caindo ano após ano.
Juntamente com o inédito declínio no consumo de drogas, os resultados mostraram que o nível de alcoolismo entre os estudantes representa somente um terço da taxa da última década, e o cigarro também atingiu a maior baixa nos últimos 30 anos.
A queda nos números pode representar reviravolta histórica. Alguns analistas acreditam que a gravidez na adolescência também tem se tornado menos comuns por que mais garotas querem terminar os estudos e investir na carreira.
Outros especulam que graças ao crescimento das mídias sociais, milhões de adolescentes gastam mais tempo em casa, nos seus quartos, do que nas ruas.

As conclusões do estudo foram baseadas em questionários preenchidos durante as aulas de mais de 5 mil alunos entre 11 e 15 anos.

A pesquisa foi elaborada para minimizar o impacto de respostas enganosas ou baseadas em ostentação. Por exemplo, uma pergunta sobre uma droga que nem existe, chamada Semeron, foi inserida para comprovar se as questões estavam sendo respondidas com honestidade.

Os resultados, publicados pelo Government1’s Health and Social Care Information Centre, mostrou que a proporção que experimentou drogas caiu de 30% em 2003 para 16% no último ano.

Os usuários regulares de drogas caíram de 12% para 6% ao longo da década. O uso de maconha, que era de 13,3% em 2003, foi de apenas 7% no ano passado.

Uma década atrás, os alunos fumavam uma vez por semana. No entanto, em 2013, 3% relataram fumar um cigarro semanal, o menor número registrado em 30 anos.

Um padrão similar foi comprovado entre os hábitos relacionados ao álcool. Um quarto dos alunos haviam bebido na semana anterior que responderam ao questionário, em 2003, contra apenas 9% no ano passado.

Os números sugerem que, atualmente, os jovens estão abandonando a cultura de ‘sexo, drogas e rock and roll’ que marcou a geração baby boom.

Embora tenha registrado queda entre o consumo de álcool, cigarro e drogas, o estudo alerta que as drogas ainda representam um risco para jovens vulneráveis.