Com menos de um centímetro, um sensível pedacinho em forma
de três argolas dentro do ouvido humano deixa 33% da população
brasileira “sem chão” com frequência. Com a mesma função de um prumo, o
labirinto é o responsável pelo equilíbrio corporal. Qualquer alteração
nesse pequeno órgão causa vertigem e náuseas: a conhecida labirintite.
Apesar
do sufixo “ite” lembrar inflamações, nem sempre quando as pessoas se
queixam de tonturas e estômago embrulhado há esse problema. “Teria de
ser uma infecção por vírus ou bactérias para ser labirintite”, explica o
otorrinolaringologista do Hospital Samaritano, Luís Augusto Lima e
Silva. Todo o resto deveria ser (mas não é) chamado de labirintopatia,
que são problemas gerais no labirinto.
Nomenclaturas à parte, o
otorrinolaringologista do Hospital Cema, Cícero Matsuyama, explica que
quando há alguma alteração no labirinto, o corpo entende que a pessoa
está em alto mar, por isso a sensação de que não há chão embaixo dos
pés.
“Ninguém fica tonto à toa”
Matsuyama alerta que é preciso investigar a causa, pois a tendência é aumentar a intensidade dos sintomas, se não tratado.
As crises de labirintite, no
entanto, não têm somente uma causa específica. “Muitos reclamam da
quantidade de exames que pedimos, mas é que precisamos diagnosticar
corretamente”, argumenta Matsuyama. Com um ou mais sinais, o desconforto
já está instalado. E não se pode negligenciar. Afinal, a causa da
labirintite pode ser desde pressão alta até alterações no colesterol.
Alterações
de glicemia também deixam a pessoa mais zonza. Além disso, problemas na
coluna cervical, como bico de papagaio, também irritam o labirinto, que
responde com falta de equilíbrio.
Traumas, como qualquer pancada
que acometa o ouvido interno, podem daniificar o labirinto. “Aquela
chacoalhada que acontece em uma batida de carro, por exemplo, se os
viajantes não tiverem protetor de cabeça no banco, pode machucar o
labirinto”, explica o médico do Hospital Samaritano.
Estilo de vida impacta
Como
de costuma, um estilo de vida mais regrado, com alimentação saudável,
horas suficientes de sono, exercício físico (fora das crises), melhora –
e muito – a recorrência dos sintomas da labirintite. Isso porque bons
hábitos podem melhorar a hipertensão, controlar colesterol e glicemia,
bem como abandonar o cigarro e excesso de café pode ajudar a manter-se
equilibrado.
O tratamento, no entanto, costuma ser simples.
Mudanças no estilo de vida costumam ser bem úteis, mas muitas vezes os
médicos lançam mão de medicamentos para controlar a crise. A cirurgia é
rara, aplicada somente em casos de tumores cerebrais que atingem o
labirinto.
Diminuição de determinada proteína no cérebro
resultou na regulação da memória e do aprendizado; novo composto se
mostrou promissor, mas ainda está sendo testado em animais
Pesquisadores
da Universidade de Yale descobriram uma nova droga que pode ajudar a
reverter os déficits cognitivos dos pacientes com Alzheimer. O composto
TC-2153 inibe os efeitos negativos de uma proteína conhecida como STEP,
que é o ponto chave para a regulação da memória e do aprendizado, as
funções cognitivas deficientes no mal de Alzheimer.
"A diminuição
dos níveis de STEP reverteu os efeitos do Alzheimer em ratos”, disse
Paul Lombroso, professor da Faculdade de Medicina de Yale e autor do
estudo publicado no periódico científico PLOS Biology.
O Alzheimer é uma doença degenerativa cujo primeiro sintoma
é a perda da memória. Com o avançar da doença, os pacientes tendem a
apresentar irritabilidade, confusão mental e até mesmo comportamento
agressivo. Estimativas afirmam que mais de 106 milhões de pessoas em
todo o mundo terão Alzheimer em 2050, mais de três vezes o número de
pessoas afetadas em 2010.
Os
pesquisadores analisaram milhares de moléculas até encontrar uma que
inibisse a proteína STEP. Uma vez identificados os compostos inibidores,
eles foram testados em células cerebrais e em ratos-cobaia com mal de
Alzheimer. O resultado mostrou que houve uma reversão dos déficits em
vários exercícios cognitivos.
Os pesquisadores notaram que os
altos níveis de proteínas mantiveram a plasticidade neuronal, processo
necessário para as pessoas transformarem as memórias de curto prazo em
memórias de longo prazo. Quando o nível de proteína STEP é aumentado no
cérebro, ele empobrece os locais de recepção sináptica e inativa outras
proteínas que são necessárias para o bom funcionamento do cérebro. Esta
perturbação pode resultar no mal de Alzheimer.
"Uma única dose da
droga resultou em melhoria da função cognitiva em ratos. Animais
tratados com composto TC-2153 não se diferenciaram de um grupo de
controle em várias tarefas cognitivas", disse Lombroso.
A
equipe agora está testando o composto em outros animais com defeitos
cognitivos, incluindo ratos e primatas não-humanos. "Estes estudos irão
determinar se o composto pode melhorar déficits cognitivos em outros
modelos animais," disse Lombroso. " Se tivermos sucesso nos testes,
estaremos a um passo de uma droga que melhora a cognição em humanos",
disse.
O número de cesarianas vem crescendo
sistematicamente em diversos países, incluindo do Brasil. O impacto
negativo da cesariana sobre a mãe e bebê é amplamente conhecido, mas
isso não tem sido útil para conter este aumento. Avaliar a eficácia de
diferentes estratégias para reduzir o risco de cesariana é
importantíssimo. E uma delas é o exercício físico. Uma meta-análise
realizada por pesquisadores suíços publicada no periódico “American
Journal of Obstetrics and Gynecology'' afirma que sim.
Os autores do estudo agruparam resultados de 16 ensaios clínicos
de boa qualidade que avaliaram diferentes tipos de programas
estruturados de exercícios físicos durante a gravidez sobre o curso do
trabalho de parto. No total foram analisados dados de mais de 3300
mulheres. O principal resultado da pesquisa mostra que houve diminuição
de 15% no risco de cesariana no grupo de mulheres que se exercitavam.
Mais ainda, estas mulheres ganharam em média 1 quilo a menos na
gravidez. A explicação para a redução da taxa de cesariana entre as
mulheres que exercitam regularmente na gravidez pode estar justamente
nesta redução do peso corporal já que isso tem benefícios de longo prazo
na saúde das mulheres e porque outros estudos têm mostrado que o
aumento dos partos cesarianas se correlaciona com o aumento do peso
corporal. E quanto ao peso do bebe ao nascer, não houve diferença entre
os grupos, o que deve tranquilizar ainda mais as mulheres ativas
fisicamente.
A conclusão da
pesquisa é alentadora já que, segundo os autores, é difícil obter uma
redução tão significativa do número de cesarianas com qualquer outra
intervenção individual. Daí que todas as mulheres deveriam ser
estimuladas e aconselhadas por seus obstetras a praticarem exercícios
durante a gestação, se não houver uma contra-indicação formal para este
tipo de atividade. E felizmente, na maioria das vezes. Basta agora as
gestantes deixarem a preguiça de lado, e começar a malhar.
Principalmente se elas planejam ter partos normais e não querem evitar
alguns quilinhos a mais no final da gravidez.
"A abóbora é riquíssima em carotenoides. Esses pigmentos, que dão a cor
alaranjada, são potentes antioxidantes", diz a nutricionista Natália
Colombo, diretora da NCnutre. O que significa isso? Prevenção contra o
envelhecimento precoce e diversos tipos de câncer, como o de mama e o de cólon.
Protege o coração
"Os carotenoides atuam na prevenção de doenças cardiovasculares e potencializam o sistema imunológico", diz Natália.
Melhora o humor
Ricas em triptofano, as sementes de abóbora ajudam a melhorar o humor.
E é simples prepará-las: lave e seque bem, tempere com sal e leve ao
forno, preaquecido a 200 0C, por 45 minutos, virando a cada 10 minutos.
Retire quando estiverem douradas.
Ajuda a emagrecer
Uma colher e meia (sopa) de abóbora cozida tem apenas 20 calorias. Ou
seja, bem pouquinho. E o melhor: como tem muitas fibras, esse fruto
ainda dá saciedade!